sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Quantos serões serão necessários para me provares que vale a pena? Estou cansada de recitais, idiotas, na tua voz monocórdica que me adormece os sentidos, que não me convence de nada. Arrastas-te por esses corredores fora, brancos de luz eléctrica, com a cabeça baixa e os olhos caídos de animal doente. Abres as portas sem saber o que fazes, é o álcool que te confunde os sentidos?
Na rua páras e acendes o cigarro nos dedos moles, a tua boca mole tenta apanhar o fumo que puxas fracamente e não ergues os olhos quando o cospes. És ridículo. Essa tua coluna dobrada é ridícula.
Não me convences. Não me apanhas. Não quero saber do que dizes. Encosta-te no teu canto poeirento e pára de tentar angariar admiradores.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Foste tão grande na tua brancura de nevoeiro. As marcas da idade atravessaram séculos, sempre iguais. A tua recusa de mudança de uma frieza tão afiada. Correste mundos, universos, sempre com o mesmo olhar. Carnes que se prostaram aos teus pés em adorações imbecis, na esperança de algum retorno. A solidão. Se um dia caíres, talvez acabe o mundo. Talvez eu te sinta a falta. Talvez... nunca mais.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Curem-se as (in)certezas. Horas de espera levam, quase inevitavelmente, a algum lado. Levam à leitura de coisas, por exemplo, numa esperança vã de que o tempo passe mais depressa. Por vezes, a escolha do objecto de leitura é profundamente triste, por ser ajustada e reveladora. Se vão para algo, não leiam sobre isso. Os pés começam a bater mais depressa, o peito começa a apertar e as dúvidas desabam com uma intensidade esmagadora. E deseja-se tantas coisas de uma vez só.
Papeladas. Papeladas em secretárias que poderiam conter uma vida. A minha. Uma sentença, quem sabe. Mas curem-se as (in)certezas. Na ambiguidade de vontades de uma tarde, curaram-se. Não fui condenada.
Papeladas. Papeladas em secretárias que poderiam conter uma vida. A minha. Uma sentença, quem sabe. Mas curem-se as (in)certezas. Na ambiguidade de vontades de uma tarde, curaram-se. Não fui condenada.
sábado, 11 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)