quarta-feira, 28 de maio de 2008

Blue Moon, planeta imaginário

Ontem passou na televisão um documentário absolutamente especulativo sobre as probabilidades de existir vida noutros planetas. Um grupo de cientistas criou um planeta imaginário, mas na opinião deles plausível, com algumas semelhanças com a Terra: os componentes atmosféricos eram praticamente os mesmos mas a densidade era muito maior (a percentagem de oxigénio era muito alta).
O documentário é da National Geographic se não me engano mas eles não têm muita informação no site. Aqui e aqui podem ler qualquer coisa, mas muito pouco.

Isto criou um planeta bizarro, que eles tinham muito bem montado a computador e que, na verdade, eu teria curiosidade em conhecer. As árvores tinham mais de um quilómetro de altura devido à grande percentagem de dióxido de carbono, a vida terrestre era difícil e por isso dominavam naquele planeta animais, talvez mais criaturas, voadoras. A densidade do ar permitia-lhes atingir tamanhos gigantescos e por isso existiriam o que eles chamavam de "baleias-voadoras" (literalmente baleias com asas), com uma envergadura impressionante, que não voavam per se, mas planavam no ar e alimentavam-se de plâncton aéreo. Estes animais teriam vivido originalmente no mar, mas a densidade atmosférica levou-os a dirigirem-se automaticamente para o ar.

Umas outras criaturas mais semelhantes a dinossauros invadiam os ares e eram comidas por árvores assassinas que tinham bocas com milhares de dentes, mas no entanto não eram estes que matavam os animais mas sim um banho de ácido que se encontrava no interior e por isso era possível ouvir a criatura a gritar durante horas na sua morte lenta e dolorosa.

O topo de algumas árvores era semelhante a nenúfares gigantes que se transformavam em lagos, o que garantia o abastecimento de água das criaturas voadoras.

Nestes lagos alimentava-se mais uma bizarra criatura semelhante a um papagaio de papel (comparação que eles próprios fizeram), também esta enorme, da qual saía um grande número de finos tentáculos em espiral que mergulhavam naqueles lagos para se abastecerem de larvas e quaisquer outros insectos que por ali se encontrassem.

Havia árvores-balão, formadas de hidrogéneo, o que me pareceu curioso. Eram giras e eles mostraram no que se inspiraram para criar semelhante vida: em algas que existem já na terra e que, embora em pequenas dimensões, formam no seu corpo uma espécie de balõezinhos.

Não contentes, chegaram à conclusão de que um ambiente rico em oxigénio como aquele tornaria o planeta alvo de incêndios de proporções impressionantes, que desvastariam grandes áreas de "floresta", mas que seria sempre possível restabelecer. Não me pareceu haver muito sol, as árvores eram arroxeadas, o plâncton aéreo fornecia uma tonalidade esverdeada ao ar e o céu estava permanentemente carregado de nuvens e trovoada.


Acho óptimo que se especule sobre isto, mas fico com pena que os cientistas se prendam tanto aos padrões que encontram na Terra. Não sei porque é que há de ser necessária água, oxigénio, um sol, etc. Mas compreendo que não seja possível discutir uma coisa que não se conheça e que possa estar para lá de qualquer concepção humana, pelo menos para já.

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