segunda-feira, 21 de julho de 2008

Arte 65

L'Amour - Raoul Dufy

sábado, 19 de julho de 2008

Libertação

Por alguns momentos, posso fazer o que me apetece. A falta de obrigações é algo que me anima. Não necessariamente a falta de uma rotina, desde que seja uma sem restrições. Vou divertir-me, vou estender-me, vou estar aqui. Finalmente, vou estar aqui.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Superior + Férias

Ai, o ensino superior... Às vezes pergunto-me o que está a palavra superior ali a fazer...

(Já agora, alguém mais me quer estragar férias??? Inscrições abertas!!!)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Arte 64

Boreas - J. W. Waterhouse

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Entraste por aquela porta. O átrio gelado fez-te feio. As paredes brancas reflectiam em ti aquela luz medíocre que te pronunciou as olheiras e distorceu o tom da tua pele. Na sala sentaste-te como se já conhecesses aquela casa tão bem, há tanto tempo. Acendeste um cigarro e falaste. A minha cabeça não te ouviu. Sei que disseste alguma coisa interessante, mas não me preocupei, mais cedo ou mais tarde repetirias a tua estória. Na mesa de vidro arrumei um lugar para mim, no meio dos livros, e servi-me do jantar. Comi em silêncio enquanto acendias cigarros sucessivos e contavas mais estórias. Olhava pouco para ti, acenava de quando a quando e deixava-te falar, falar, falar...

Passou uma, duas horas e eu permanecia quieta. Levantei-me, dei-te um beijo e levei-te para o quarto pela mão. Depois de termos estado juntos em silêncio, fumaste mais um cigarro. Era o último. Quando o esmagaste contra o cinzeiro foi a tua vez de ficar calado, não houve mais estórias, mais palavras, não tiveste mais nada para me dizer. Arranjaste-te e saíste por aquela porta. Não quis is ver se tinhas ficado feio outra vez e se a luz medíocre te tinha pronunciado de novo as olheiras.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Arte 63

Muro de luz cão (?) - Sean Scully

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Arte 62

Interior holandês - Pieter Janssens

domingo, 6 de julho de 2008

Arte 61

The Girlfriend - Marlene Dumas

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Relembrar a ficção

Diferente de quando a conheci, a cidade apareceu-me novamente, solarenga, iluminada, menos colorida. As ruas estreitas abriam-se em igrejas, as obras dos mestres desvendavam-se no mármore resplandecente e polícromo. Sentados nas escadas daquele átrio, sorrindo, palrando, lembrando as histórias daquela vez, daquele dia também ali, já foi há algum tempo mas ainda ali estávamos, uma imagem de nós deixou-se ficar para trás quando nos levantámos e fomos embora.

A textura da calçada nos sapatos, que batem aquelas pedras velhas, muito velhas. O sol está demasiado quente, vamos ficar à sombra, vamos caminhar pela sombra. As paredes estão sujas, não te encostes, sujas e riscadas. Ouviam-se as pessoas a falar nas outras ruas, ouviam-se os pés, mas naquela rua não estava ninguém, só nós que a percorríamos para encontrar as outras, para nos juntarmos à multidão que ecoava nos vidros das janelas das casas que se erguiam ao nosso lado.

Todas as caras eram outras que não conheçia, todas as bocas se abriam numa língua que não conheçia, os pés continuavam a descobrir para onde queríamos ir, os braços suados tocavam-se entre a multidão, tornava-se impossível os braços não se tocarem, está tanta gente aqui. Não te consigo ouvir, só a outra língua e os sapatos a bater nas pedras, arre! ninguém tem cuidado nem se desvia, o sol estava tão brilhante e via mal para a frente, via mal quem se aproximava, onde estás?, agarrei-te a mão.

Fugimos ali à direita, e estávamos de novo na rua sem ninguém, não percebo porque não há ninguém aqui. Encostamo-nos à parede, já não importava que estivesse suja e deixamo-nos cair no chão para saborear a multidão através dos reflexos dos vidros das janelas das casas que se erguiam ao nosso lado.

Arte 60

Estudo para "La Ola" - Carlos Schwabe

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Arte 59

Sem Título - Henri Michaux