segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Meses e anos. Minutos e horas. Não chovia porque era só o vento. Vento duro, seco, que me empurrava em direcção nenhuma. Apertada, tinha a certeza de que havia vozes que não deviam ser esquecidas. Se o vento falasse não me tinha deixado esquecer. Esperei que fosse possível relembrar. Estava tudo muito longe, para lá daquilo que eu pude suportar. Não me deixaste relembrar, não me deixaste ir buscar aquelas vozes e o vento empurrava-me sem sentido.

Hoje, contigo noutro sítio qualquer, já me lembrei. Há vozes que já não estão esquecidas.

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