domingo, 21 de setembro de 2008

Seria talvez naquelas noites de ruído. Cada som uma vaga de distúrbios teus, horas sem fim. Porque me sentava eu contra a parede de cal a desfazer-se, a tingir-me a roupa, se voltavas sempre, em intervalos certeiros, com o teu cão preto de olhos inexpressivos pela trela. Se retornavas ao ruído, qual fumo negro e espesso que se abria à minha frente, era a cal que eu deixava desfazer-se em mim.

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