sábado, 23 de agosto de 2008

Quando é que me disseste que o mundo ia acabar? Num daqueles dias tão quentes em que roupa e a pele se colam à cadeira de plástico, molhada nas zonas ocupadas pelas articulações? Ou num daqueles dias tão frios em que cada passada se reflecte nas palmas das mãos, quando a pele estica e se torna numa espécie de plástico de má qualidade? Já não me lembro. Sei que já passou tempo, já me disseste tantas coisas que nunca aconteceram... Não foram mentiras, foram ilusões, alucinações que tens durante aquele curto espaço de tempo em que as pensas e as dizes. E que depois desaparecem. Nunca mais te recordas delas, e se te falarem do assunto não sabes o que dizer e olhas as pessoas com desconfiança por não compreenderes o porquê de alguém te achar capaz de dizer semelhantes coisas.

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