segunda-feira, 8 de setembro de 2008

(In)certas doenças

Foi num daqueles consultórios brancos, de mesa de vidro com toda uma profissão alinhada, organizada, sem qualquer peça fora de sítio. Esses consultórios brancos despertam em mim uma espécie de náusea desconfortável, que apenas passa pouco depois de entregar o cheque colorido que dá ainda outro nó no estômago enquanto escrevinhamos uma avultada quantia. Vinte minutos de tensão na (in)certeza de estar doente. Vão picar-me, apertar-me, esvaziar-me, fazer-me passar fome. E eu vou ficar na mesma, e a minha cara talvez não mude de expressão, quando me resolverem as (in)certezas.

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